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Voando sobre o Liceu Salvador Correia


Todos somos como borboletas...começamos a gatinhar como uma pequena lagarta na escola primária, depois iniciamos a lenta transformação no casulo de onde esplendorosamente nos libertamos, de asas coloridas adejando brevemente ao sol da vida. Depois, muito pouco depois, é o sopro fresco do entardecer que anuncia o frio do fim do dia, quando fechamos as asas e nos agasalhamos junto das nossas recordações que ainda brilham como brasas nos caminhos sinuosos da memória.

O Liceu Salvador Correia foi esse casulo da minha adolescência em que fui encubando sonhos na seda dos anos, amalgamando cores e expandindo asas mais leves que o ar que sustenta a nossa existência. Foram 7 anos corridos como 7 minutos, tudo é afinal tão relativo, como as voltas de um carrossel em que tudo parece igual e é ao mesmo tempo diferente como diferentes são todos e cada um dos alunos e professores cuja imagem quase holográfica ainda gira à nossa volta como o espírito inapreensível e rebelde do velho Liceu.

O cinema é a arte que de forma visível é capaz de fazer verter numa sequência de imagens de alguns minutos uma saga secular. Falar do nosso Liceu é rever o filme da nossa adolescência, assistir uma vez mais à nossa transformação naquilo que somos hoje, para no final descobrirmos que o miúdo que encarava o professor hostil de testa franzida ou que rindo à socapa faltava à aula para jogar à bola é exactamente o mesmo que hoje sobrevive com as rugas e todas as outras marcas do tempo.

Podia ter sido noutro lugar, mas o Liceu foi a nossa circunstância de lugar e também de tempo. Estamos ligados a esse mesmo umbigo colonial que nos acalentou tanto e tão bem mas apenas para nos dar o sentido do desprendimento, o impulso da subida, a sensação de poder vencer todos os obstáculos, uma lição para a vida de cada um de nós.

Acredito que não seríamos diferentes se tivéssemos feito a nossa aprendizagem noutras paragens. A viagem da adolescência é sempre indissociável dessa iniciação mágica que transforma uma larva numa colorida borboleta mas que é a mesma larva ainda que com asas para por algum tempo voar, tocar a natureza, viver. O que o Liceu nos deu não foi o que somos ou em que nos transformámos mas a pertença a um corpo inesquecível, feito de pessoas com que nos cruzámos todos os dias, com quem aprendemos, de quem gostamos, de quem sentimos inveja ou admiração, com quem nos zangámos e nos reconciliamos, com quem brincámos e estudámos, de quem nos despedimos e abraçamos e depois nunca mais vimos e só voltamos a encontrar em almoços que não são mais do que romagens de saudade ao passado.

Trazer à ribalta as pessoas que povoam esse mundo memorável que já deu várias voltas geracionais, é uma ideia luminosa porque de uma página qualquer, talvez de uma frase mesmo incompleta, de uma simples palavra pode brotar a lágrima que lava a alma e nos traz de volta a adolescência longínqua. Como por um toque de magia poderemos voltar a subir a escadaria do Liceu, rever a D. Joaquina na secretaria, o Sr. Pires a pontificar nos claustros, ou ver novamente o Cymbron, professor e director de ciclo, saindo da sala dos professores com o seu cabelo ruivo e sorriso desdenhoso de cowboy americano, no seu fato claro e sempre elegante, mas não tanto como o nosso “Brilhantinas”, também alcunhado de “Piscas”, o Dr. António Maria de Vasconcelos, emérito professor de História e de Filosofia sempre com os seus originais blazers sem lapelas e de lacinho distinto, destilando em cada lição a sua inspiração de uma aula universitária na velha Coimbra de que tanto se orgulhava e onde o seu tio, o Professor Leite de Vasconcelos havia sido lente fulgurante. Foi, talvez, o professor que mais me encantou ouvir mas, como ele, outros mestres nos ensinaram, por exemplo, a falar noutras línguas, o Steiger Garção foi meu professor de alemão e o filho Adolfo (o “Fofo”) meu colega logo no primeiro ano. O “Bomba” (não lhe recordo o nome), originário de Macau, era o hilariante professor de inglês, sempre empunhando o ponteiro como uma lança em riste, o que também era timbre do Padre José Maria que, com menos graça, sublinhava as suas aulas de religião e moral com algumas ponteiradas pelas orelhas abaixo dos seus irreverentes alunos. Claro que me recordo ainda do “Sanhô” (Jacinto Ramos) e das suas fanhosas aulas de francês. Mas como não recordar também o Serpa Neves (física) que havia casado com uma aluna do Liceu, o Brás Gomes, o Cruz (Glú-Glú) (desenho) e do já velhote Barros de Aguiar sempre a transformar o giz em fórmulas matemáticas que eram, para meu grande desespero e frustração, absolutamente incompreensíveis.

As melhores recordações são sempre as mais antigas. O primeiro dia, por exemplo, em que levei uma dupla "carecada" a primeira quase disfarçada pela minha pujante cabeleira, a segunda, para castigo, à “Tau” ou à “Catatua” imitando a careca do velho professor Azevedo Gomes, um dos terrores do Liceu nos anos quarenta e cinquenta. Tinha uns olhos muito negros, rutilantemente ampliados pelas lentes grossíssimas, o rosto triangular de cabeça quase calva fazia lembrar um Louva-a-Deus encarando um pobre insecto à sua frente. A mim ele fazia-me também lembrar o cientista louco e arqui-inimigo do Capitão Marvel e que dava pelo nome de Dr. Cerqueira se não me atraiçoa a memória. Naquela época eu devorava as revistas de banda desenhada e sonhava acordado que era o Fantasma, o D. Chicote ou o Hopalong Cassidy, o xerife de Rio Seco. Nunca esquecerei o monumental “caldo” que o velho “Catatua” me desferiu durante uma aula de estudo em que eu lá bem no fundo da sala fingia estudar o compêndio que tinha à minha frente mas na verdade estava embrenhado na selva que se desenrolava debaixo do tampo da carteira com o Fantasma montado no Herói e seguido pelo seu fiel Diabo em perseguição dos fora-de-lei que se aventuravam nos seus domínios. Estava tão embebido na leitura dos quadradinhos que ele teve tempo de vir até ao meu lugar, postar-se atrás de mim encostado à parede, devendo ter gozado bem a cena através das suas lentes de cientista até fazer cair o braço e a mão como um cutelo que me pareceu como um punho do próprio Fantasma. O episódio não impediu o Dr. Azevedo Gomes de me ter dado algumas boas notas que, vindo de quem vinham, me assentaram no peito como verdadeiras medalhas.

Nunca fui, aliás, um aluno de notas excelentes, a mais das vezes eram ”Suf” mas tive alguns “Bons” gloriosos e até “Muito Bons” naquelas disciplinas de que mais gostava. Isso não dependia apenas dos professores. Colegas houve que por imitação ou admiração mas certamente também por competição me incitavam a estudar mais. E não só a estudar para as disciplinas do Liceu mas a ampliar outros conhecimentos. A certa altura, aí pelo quarto ou quinto ano lembro-me de começar a ler romances de aventuras, uma evolução das leituras dos quadradinhos, embora o gosto pela banda desenhada me tenha acompanhado sempre e até hoje. Esta ânsia de leitura começou com um duelo livresco com o Fernando Varanda, meu colega e aquele amigo com quem nessa altura trocava mais intimidades, a que não era estranho termos gostos muito semelhantes. Ele era um aluno de muito boas notas e lembro-me de uma rara a ocasião em que teve um “Suficiente” e não conteve as lágrimas, o que eu achei extraordinário. A mesma sensibilidade que testemunhei muitos anos depois, ao pai quando fui seu advogado num caso de polícia económica. O pai Varanda foi o dono da Pastelaria Paris e mais tarde da Versalhes, onde um dia um inspector das actividades económicas detectou uma lata de conserva ligeiramente opada, presumivelmente imprópria para consumo, ainda que não nociva para a saúde como era importante distinguir do ponto de vista legal. No dia do julgamento, recordo-me de ver o velho pai do meu amigo a chorar em frente do Juiz, tal era a noção da dignidade ferida da sua profissão e a vergonha que para ele foi ter de sentar no banco dos réus por causa da actividade a que sempre devotadamente se dedicou. Foi de facto o pioneiro das pastelarias de Luanda, antes da Paris ele tinha uma muito pequenina de que me recordo de frequentar aos domingos situada como uma minúscula ilha mesmo no meio de uma grande praça, ainda não asfaltada, enquadrada pelos Correios, a Livraria Lello e a antiga Sé Catedral. O Fernando Varanda tornou-se arquitecto, creio que estudando e vivendo até hoje nos Estados Unidos onde a sua imaginação ardente, a sua curiosidade inesgotável e o seu gosto estético insaciável é certamente reconhecido. Depois do Fernando ter partido no fim do 2.º ciclo foi o Raimundo Palhares Traça (“Moninhas”) que passou a ocupar o lugar do amigo mais próximo, uma amizade íntima que se prolongou até ao seu fim, há alguns anos atrás. Foi com ele que me inscrevi no Curso de Jornalismo que se realizou no antigo Instituto de Angola, no ano de 1958/1959 com professores de jornalismo, de literatura, de fotografia, reportagem e outras técnicas dessa profissão. Deste curso lembro que fizeram parte Jorge Mensurado, Alice Cruz e Rui Romano, entre outros que se notabilizaram no jornalismo e na televisão portuguesa nos anos setenta, oitenta e noventa.

Na Luanda daqueles anos o Liceu era um mundo novo para um miúdo como eu transitando do Colégio Académico nas antípodas da mesma Rua Brito Godins hoje Avenida Lenine. Embora separado por escassos 500 metros de distância tudo era novidade e distinto no novo estabelecimento de ensino. Embora distribuídos por turmas, cada uma com a sua respectiva sala, em vez da professora de cada classe, cada ano liceal tinha várias disciplinas e diferentes e vários professores.

Uma das novidades era a ginástica, com o “Sapatilhas” a comandar as marchas e os movimentos, no asfalto do pátio Sul do Liceu onde estavam os campos de jogos, ténis, vólei, basquetebol e o ringue cimentado de hóquei em patins. O Liceu, como um novo mundo, tinha a sua própria geografia que nós, nos recreios e nas “borlas” percorríamos como viajantes incansáveis.

Nas traseiras do Liceu estava o campo de futebol não apenas pelado mas muito arenoso que era quase como jogar na praia. Ali se passaram grandes momentos de emoção pura jogando partidas inolvidáveis com o espalha brasas do Óscar Fernandes sempre azafamado a organizar as equipas e o Américo Diniz da Gama sempre numa das balizas, fazendo defesas em que o estilo era mais que a eficácia, mas era exactamente o estilo que fazia a diferença. Eu jogava à defesa e tinha perfeita consciência da minha pouca robustez mas corria tanto e não largava o adversário que pretendia passar por mim para se adiantar na grande área que ficava sempre sem folgo e precocemente esgotado Um dia perdi a cabeça com o Castanheira que era da minha turma e envolvemo-nos numa briga feia em que, surpreendentemente para mim próprio, fiquei por cima e enchi uma mão de areia que lhe meti pela boca abaixo. A ira foi tempestade passageira e logo continuamos amigos como sempre. A última vez que o vi, depois de muito tempo, foi numa aldeia perto de Fátima num almoço reunião de antigos colegas do Liceu. Também me peguei com o Rui Legot, não faço a mínima ideia porquê. Já estávamos fora do Liceu, no passeio, envolvidos nas nossas “bassulas” quando parou um carro (naquele tempo eram raros) e de lá de dentro o Major Sarsfield Rodrigues que eu conhecia por ter uma filha muito bonita, a Daniela (que será feito dela?) nos interrompeu severamente perguntando se não tínhamos vergonha. Assim, lá nos desembrulhámos do nosso abraço nada amigável e cada um foi para o seu lado com a cabeça baixa e o rabo entre as pernas. Que saudades, dirão. Sim, muitas saudades mas de mim mesmo revendo-me a passear para trás e para a frente, perto da velha mulembeira, no topo do pátio Norte que era a sede das actividades da Mocidade Portuguesa nas tardes de sábado. Nunca mais esqueci a figura delgada e hirta do Iko Carreira a comandar a falange, braço erguido e logo dobrado sobre a testa numa continência que todos instantânea e electricamente repetíamos. Eu fui apenas chefe de quina, ser comandante de castelo era o próximo passo mas eu preferia o caminho místico, os meus passeios solitários à sombra da velha mas frondosa árvore, alheio ao ruído das vozes de comando que prolongavam a gesta dos heróis de antanho e preanunciavam futuras ordens na guerra de libertação que viria uma década depois.

No claustro do Liceu, contrariando sentimentos menos liberais, começou a celebrar missa um jovem magro e esguio que vinha formado de Roma. Passei a ser o seu mais diligente, atento e perseverante ajudante, ganhando a sua confiança e finalmente a sua amizade e, com tudo isto, o direito a escorropichar as galhetas com o que sobrava do fruto da videira e do trabalho do homem. Aceitando a minha sugestão e convite veio algumas vezes à Ilha, do lado da Chicala, ao anoitecer, tomar um banho na baía, sob a presença tutelar da Fortaleza e conversávamos, tal como Jesus com o seu discípulo nocturno, Nicodemus, o futuro Cardeal e o miúdo introvertido e compenetrado aluno do Liceu e seu dedicado sacristão.

Só mais uns minutos de recordações e estarei de partida. Mas antes o fim do 2.º ciclo. A passagem do 5.º ano era uma fronteira fundamental no território liceal. Do outro lado do risco era o território das escolhas, das grandes opções, tínhamos agora de aprender a decidir. Muitos dos professores já eram outros, vieram caras novas, de alunos e professores. No final da década de 50 a qualidade do ensino atingira um cume, e a qualidade dos alunos fazia por merecer. É quase injusto recordar uns e esquecer outros. Mas o Dr. Saraiva de Carvalho, professor de literatura, foi aquele cujas aulas mais me interessavam, não só pela matéria, mas pela forma interpelativa, apelando à nossa curiosidade, para nos colocar na pista das suas leituras recomendadas. Recordo dele a visita da nossa turma a Óscar Ribas, onde estivemos com o escritor e com a sua velha mãe. Foi um grande momento de emoção, inesquecível, e também isto fiquei a dever ao nosso Liceu Salvador Correia. Foi também ele um dos entusiastas das comemorações dos quarenta anos do Liceu, organizando uma exposição em que em cada sala havia quadros vivos interpretados por alguns alunos que orgulhosamente se ofereceram para figurar como personagens ao longo de horas a fio. Lembro-me que eu assumi o papel de um escritor, com uns bigodes imponentes, empunhando a pena e procedendo às tarefas de consulta de alguns calhamaços que faziam parte do cenário, mostrando-me totalmente alheio aos visitantes que, naturalmente, tentavam perturbar a minha actuação enquanto eu escrevia e olhava para o vazio como se estivesse absorto e não visse rigorosamente nada nem ninguém à minha volta. O Dr. Saraiva de Carvalho olhava para mim embevecido, eu era de algum modo a sua obra mas não podia resistir à vaidade de me ver naquele papel e aproveitava a ocasião teatral para impressionar a Musa que na altura me inspirava no mais profundo segredo do meu ser. A nossa ligação amorosa ao Liceu tem muito a ver com a nossa saudade de nós mesmos, dos nossos anos de inocência, incluindo o regresso às batidas originais do nosso coração, quando, de repente, no relance de um rosto, descobrimos a paixão, aquele arrebatamento que voltamos a sentir pela vida fora, mas sempre como um eco desse estremecimento inicial.

Nessa ocasião dos quarenta anos do Liceu, foi decidido um número especial do Estudante para celebrar condignamente o acontecimento. Não me lembro quem, mas alguém me indicou para ser o Director desse número comemorativo. A capa desse número, em grande formato, só por si uma obra de arte, a traço azul do Henrique Santos (Onambwa), tinha como principais elementos, o perfil inconfundível do Liceu quadragenário e a figura de Monsenhor Alves da Cunha que ainda hoje pode ser apreciada em frente da actual Universidade Católica (antigo Colégio S. José de Cluny), a única estátua que sobreviveu no seu pedestal, do tempo colonial. O Monsenhor foi professor do Liceu mas a sua história confunde-se com a história de várias décadas do nosso País no século passado. Já não vivia quando eu cheguei ao Liceu em 1952, mas recordo as vezes que passei as minhas mãos infantis pela sua longa barba branca quando ele nos visitava na pequena e velha casa de madeira dos meus pais, na Ilha de Luanda.

Este número do Estudante é uma raridade que não tenho a sorte de conservar. Todavia, e para a posteridade, alguém o fará chegar às próximas gerações. Recordo que um dos artigos tinha como título, “antes de mim nenhum”. Era o depoimento do aluno n.º 1 do Liceu Salvador Correia, Álvaro Galiano que eu ainda conheci e a quem pedi que o escrevesse. Pela minha parte, fiz uma entrevista ao Senhor Reitor, José Soares Crespo com o qual eu me permiti ensaiar a minha então emergente vocação jornalística.

De resto, o nosso jornal teve poesia, teve cultura, teve humor, teve muita participação voluntária de alunos com muitos anos da academia e de alguns recém-chegados, mas todos unidos pelo mesmo sentimento de pertença ao Liceu que celebrava os seus quarenta anos.

Para além da sua importância para a reconstituição de uma época histórica, que remonta à Angola colonial de meados do século passado, é um bom pretexto para olharmos para trás e recordar a qualidade do ensino que no Liceu Salvador Correia foi ministrado e o enorme potencial humano que aí foi produzido.

Já então, no final da década de cinquenta, parecia muito avançada a idade do Liceu, mas hoje, o mesmo Liceu, como sempre fervilhando de juventude, já é centenário. Poderá dizer-se que o Liceu já não é o mesmo e até tem outro nome. Assim é, e todavia, tal como aprendemos nas nossas salas de aula, “na natureza nada se perde, tudo se transforma” (Lei de Lavoisier). Com aquele ou outro nome, para mim, o Liceu é sempre o nosso Liceu e os jovens que actualmente o frequentam e as futuras gerações que subirem a sua escadaria estarão, como aconteceu connosco, a fazer a sua passagem iniciática e mágica da adolescência. Eles são a nova carne, mas os ossos e a alma são os mesmos e são de todos. O passado é a História e os da “malta” mais antiga bem poderiam assumir-se, salvaguardado algum pretensiosismo literário, como uma espécie de novos “cavaleiros do templo” que não devem guardar a sua memória como um Graal para sempre escondido ou esquecido, mas antes como um facho de luz para passar de mão em mão à “malta” que aí está e sempre estará. Eles terão de reconhecer que o segredo desse novo Graal foi um espírito aberto de convivência e descoberta do outro, de companheirismo, amizade e generosidade, abrindo caminho à valorização das pessoas sem qualquer distinção entre elas. Um testemunho que é cada vez mais importante para esta geração que se abre a um mundo cada vez mais ao seu alcance. É verdade que quem por lá passou e continua a passar foi e continua a ser um privilegiado. No entanto, e talvez por isso mesmo, a nossa responsabilidade, quase necessidade, de retribuir o muito que recebemos no nosso velho Liceu.


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